O que são os Fundos Exclusivos?
Artigo revisado pelo —
time de Especialistas de Mercado da StoneX
Como funcionam os fundos exclusivos?
Fundos exclusivos são fundos de investimento criados para um único investidor ou um grupo muito restrito, geralmente com alto patrimônio. Eles permitem personalização total da carteira, são geridos por profissionais e seguem as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). São usados para planejamento sucessório, proteção patrimonial e, até recentemente, para vantagens fiscais.
Com a Lei nº 14.754/2023, esses fundos passaram a ser tributados semestralmente (come-cotas), como os fundos abertos. O aporte inicial costuma ser a partir de R$ 10 milhões, e os custos de manutenção devem ser alinhados no momento da estruturação.
Diferente dos fundos de investimento exclusivos, a StoneX investimentos também realiza a gestão de fundos abertos, com possibilidade de realização de investimentos em crédito privado e renda fixa, através do StoneX Safira Agro ou StoneX Ágata Cash.
Por que são chamados de fundos de alta renda?
Os fundos exclusivos de investimento são chamados de “fundos dos super ricos” porque são acessíveis apenas a investidores qualificados ou profissionais, ou seja, com patrimônio elevado (geralmente acima de R$ 10 milhões). Eles permitem personalização total da carteira, oferecem vantagens fiscais e são usados para planejamento sucessório. Como os custos de estruturação e manutenção são altos, só fazem sentido para quem tem grande volume de recursos, reforçando seu caráter elitizado.
Quem pode investir em fundos exclusivos?
Estes fundos são acessíveis a investidores profissionais ou qualificados, além de holdings patrimoniais, fundações e investidores institucionais que buscam uma gestão personalizada de grandes volumes de recursos. Também podem ser estruturados como fundos de investimento para empresas familiares. Esses fundos permitem total personalização da carteira, com estratégias moldadas conforme os objetivos do cotista, e são frequentemente usados para planejamento sucessório e otimização fiscal. No entanto, exigem a contratação de uma gestora de fundo de investimento autorizada pela CVM, como é o caso da StoneX Investimentos, que atua como gestora de fundos autorizada pela CVM, com experiência em estruturar veículos personalizados para grandes investidores e empresas familiares.
Quando vale a pena ter um fundo exclusivo?
A principal vantagem de um fundo exclusivo é a personalização. Ele é criado sob medida para um único cotista ou grupo restrito que tenha um algum tipo de vínculo, seja pessoa física ou jurídica, permitindo estratégias de investimento totalmente alinhadas ao perfil de risco, aos objetivos e ao horizonte de tempo do investidor e os ativos, vindos de serviços de originação primária. Além disso, é uma ferramenta poderosa para planejamento patrimonial e sucessório, ajudando a organizar o patrimônio, facilitar a sucessão e, em alguns casos, otimizar a carga tributária.
Outro ponto positivo é a gestão profissional dedicada. O fundo é administrado por uma equipe especializada, como a equipe da StoneX Investimentos, que oferece gestão ativa e personalizada com foco em alocação estratégica e eficiência patrimonial.
Por outro lado, essa estrutura pode não ser vantajosa para todos. Investidores com patrimônio inferior a R$ 10 milhões podem não se beneficiar, já que os custos fixos comprometem a eficiência da estratégia. Além disso, mudanças recentes na legislação — como a Lei nº 14.754/2023 — alteraram a tributação dos fundos exclusivos, o que reduziu parte das vantagens fiscais. Também é importante considerar que a liquidez pode ser menor, já que se trata de uma estrutura personalizada, com menos flexibilidade para resgates rápidos.
Quanto rendem os fundos exclusivos?
Estes fundos não possuem uma rentabilidade média pública padronizada como os fundos abertos. A performance desses fundos varia bastante, pois depende diretamente das estratégias adotadas, do perfil de risco do investidor e da atuação do gestor.
Pode ser influenciado por condições de mercado, impactados pela taxa Selic, ou por estratégias de soluções comerciais de renda fixa mais sofisticadas, como FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) e Special Situations, que têm ganhado espaço entre os fundos exclusivos, oferecendo potencial de retornos mais altos, mas também com maior complexidade e risco.
Qual a diferença dos fundos exclusivos para outros fundos de investimento?
Os fundos exclusivos são veículos de investimento criados sob medida para atender às necessidades de um único investidor ou de um grupo muito restrito. Eles se diferenciam dos fundos de investimento tradicionais principalmente pela personalização, estrutura e público-alvo. Enquanto os fundos tradicionais são abertos a diversos cotistas e seguem uma política de investimento padronizada, os fundos exclusivos oferecem total flexibilidade na definição da estratégia, sendo muito utilizados por pessoas com alto patrimônio — geralmente acima de R$ 10 milhões.
Outra diferença importante está na tributação. Os fundos tradicionais estão sujeitos ao sistema de come-cotas, em que o Imposto de Renda é cobrado semestralmente sobre os rendimentos. Já os fundos exclusivos, até recentemente, permitiam o diferimento do IR, ou seja, o imposto era pago apenas no momento do resgate, o que proporcionava uma vantagem fiscal. No entanto, mudanças regulatórias vêm alterando esse cenário.
Além disso, os fundos exclusivos costumam ter custos mais altos com administração, auditoria e custódia, o que só se justifica para grandes volumes investidos. Em contrapartida, são muito utilizados para planejamento sucessório e patrimonial, permitindo, por exemplo, a doação de cotas em vida com maior controle e eficiência.
Característica | Fundos Exclusivos | Fundos Tradicionais |
---|---|---|
Número de cotistas | 1 (ou poucos) | Vários |
Personalização | Alta – sob medida para o investidor | Baixa – política de investimento padronizada |
Público-alvo | Investidores com alto patrimônio (ex: R$ 10 mi+) | Qualquer investidor, inclusive com pouco capital |
Tributação | IR no resgate (mudanças recentes em andamento) | Come-cotas semestral (maio e novembro) |
Custos | Altos (administração, auditoria, custódia) | Mais acessíveis |
Planejamento sucessório | Muito utilizado | Pouco utilizado |
Gestão | Dedicada e personalizada | Compartilhada entre todos os cotistas |
Liquidez | Pode ser ajustada conforme o cotista | Definida pelo regulamento do fundo |
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Particularidades dos fundos exclusivos
Restrição de acesso
A restrição de acesso em fundos exclusivos no Brasil está diretamente relacionada ao perfil do investidor e às exigências regulatórias que visam garantir maior controle e transparência sobre grandes fortunas. Para investir em fundos exclusivos, é necessário ser um investidor profissional, com investimentos financeiros acima de R$ 10 milhõe ou investidor qualificado, ou seja, possuir pelo menos R$ 1 milhão em investimentos financeiros ou uma certificação aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Atendimento personalizado
Cada fundo é moldado conforme os objetivos e preferências de um único investidor, exigindo uma gestão alinhada ao seu perfil.
A comunicação é direta, transparente e frequente, com relatórios customizados e acesso aos gestores. Isso permite decisões ágeis e ajustes rápidos na carteira, conforme o cenário de mercado ou mudanças pessoais.
Além disso, o atendimento integra aspectos de planejamento patrimonial, fiscal e sucessório, exigindo uma atuação multidisciplinar. Acima de tudo, a confiança é o pilar desse relacionamento, sustentada por discrição, segurança e proximidade.
Alta diversificação
Esses fundos permitem uma gestão personalizada com ampla variedade de ativos — de renda fixa e ações a investimentos internacionais e crédito estruturado.
Esse movimento é impulsionado por três fatores principais: a volatilidade econômica global, mudanças regulatórias (como a ICVM 175 e a Reforma Tributária) e o crescente interesse por ativos internacionais. Além disso, a estrutura dos fundos exclusivos permite acesso a ativos menos líquidos, como FIDCs e empresas em reestruturação.
Os principais benefícios dessa diversificação são a redução de riscos, maior eficiência fiscal e uma gestão ativa adaptada aos objetivos do investidor.
Maior complexidade
A maior complexidade dos fundos exclusivos em 2025 decorre de mudanças regulatórias, estratégias de investimento mais sofisticadas e exigências mais rígidas de governança. A introdução do “come-cotas” semestral eliminou o diferimento fiscal, exigindo mais atenção à gestão tributária. Além disso, a diversificação crescente — com ativos internacionais, crédito estruturado e estratégias alternativas — demanda conhecimento técnico avançado e monitoramento constante de riscos.
Também aumentaram as exigências de transparência, compliance e controles internos, tornando essencial o apoio de assessorias especializadas. Apesar disso, os fundos exclusivos seguem sendo ferramentas valiosas para planejamento patrimonial e sucessório, desde que bem estruturados.
Taxas
As taxas refletem sua estrutura sofisticada e personalizada. A taxa de administração pode ser simbólica ou mais elevada, dependendo da gestão. Fundos com estratégias ativas também cobram taxa de performance, sobre o rendimento que exceder um benchmark.
Além disso, há custos operacionais obrigatórios, como custódia, auditoria e compliance, que se mantêm mesmo com um único cotista. A Resolução CVM 175 reforçou a transparência desses custos. Com a Lei 14.754/2023, os fundos passaram a ser tributados semestralmente via “come-cotas”, com alíquota de até 15%, mesmo sem resgate, o que aumentou o custo fiscal.
Por fim, a estruturação e manutenção exigem apoio jurídico e contábil especializado, o que eleva os custos fixos. Ainda assim, esses fundos seguem sendo ferramentas eficazes para planejamento patrimonial e sucessório, desde que bem planejados.
Resgate
O processo de resgate nesses fundos segue uma lógica semelhante à dos fundos tradicionais, mas com maior flexibilidade. O investidor precisa observar dois prazos principais: o de cotização, que é o tempo necessário para calcular o valor da cota no momento do pedido de resgate, e o de liquidação, que é o tempo até o dinheiro estar disponível na conta. Esses prazos são definidos no regulamento do fundo e, em fundos exclusivos, podem ser ajustados conforme o acordo entre o cotista e o gestor.
Em relação à tributação, houve mudanças importantes com a Lei nº 14.754/2023 que impactam o resgate, já que antes a tributação era cobrada apenas no momento em que o valor fosse resgatado.
Por fim, como esses fundos podem conter ativos com baixa liquidez, o resgate pode exigir planejamento prévio para evitar impactos fiscais ou de mercado. A gestão personalizada permite que o cotista alinhe o momento e a forma do resgate com seus objetivos financeiros.
Como funciona a tributação dos fundos exclusivos atualmente?
A tributação dos fundos exclusivos no Brasil passou por mudanças significativas como parte da Reforma Tributária. Antes da reforma, esses fundos eram tributados apenas no momento do resgate dos recursos, o que possibilitava o adiamento do pagamento do Imposto de Renda por tempo indeterminado. Com as novas regras, essa vantagem foi eliminada, com exceção para algumas classes de fundos como Fundos de Ações.
Agora, os fundos exclusivos estão sujeitos à tributação periódica por meio do sistema conhecido como “come-cotas”, que antecipa o recolhimento do IR sobre os rendimentos de forma semestral. As alíquotas aplicadas são de 20% para fundos de curto prazo e 15% para fundos de longo prazo. Essa mudança equipara a tributação dos fundos exclusivos à dos fundos abertos, encerrando o benefício do diferimento indefinido do imposto.
Algumas classes de fundos como FIAs, FIAGROs, FIIs e Fundos de Previdênia Privada, permanecem sem o come-cotas, sendo tributados apenas no resgate.
Vantagens e desvantagens dos fundos exclusivos
Os fundos exclusivos são veículos de investimento voltados para investidores com alto patrimônio, geralmente acima de R$ 10 milhões. Eles oferecem personalização total da carteira, gestão de fortunas profissional dedicada e são úteis no planejamento sucessório. Mesmo com as mudanças na legislação, ainda permitem certa eficiência fiscal e oferecem transparência e controle direto ao cotista.
Por outro lado, apresentam custos elevados de manutenção, baixa liquidez (especialmente nos fundos fechados) e passaram a ser tributados pelo regime de come-cotas desde 2024. Além disso, exigem um patrimônio mínimo elevado e o cotista assume sozinho todos os riscos e encargos.
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